12/03/2024
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde a prevalência total dos transtornos psiquiátricos no período de um ano varia de 4% a 26%, ou seja, conforme o país avaliado 1 em cada 4 pessoas podem apresentar algum transtorno psiquiátrico; milhões de pessoas atingidas . Daí a escolha do tema desse post: PSICOEDUCAÇÃO !
A psicoeducação envolve diferentes teorias psicológicas e educativas, além de dados teóricos de outras disciplinas como a filosofia e a medicina com intuito de ampliar o fornecimento de informações ao paciente, para que obtenha um entendimento não fragmentado acerca de seu diagnóstico. A parte psico se refere ao âmbito das teorias e técnicas psicológicas existentes; a educação, por sua vez, está relacionada à área pedagógica a qual envolve o processo de ensino-aprendizagem.
Ao educar tanto o paciente quanto seus cuidadores sobre o transtorno psiquiátrico presente, todos passam a ter consciência e melhor preparo para lidar com as mudanças que virão a partir de estratégias de enfrentamento, fortalecimento da comunicação e da adaptação. Funciona como facilitadora do processo terapêutico.
Assim, a maneira mais efetiva para auxiliar as pessoas é ensiná-las a se ajudarem, propiciando conscientização e autonomia.
Os transtornos psiquiátricos são problemas de saúde pública, pois ao serem abordados como tabu são um mal silencioso. Nunca é demais lembrar que já estão entre as 3 primeiras causas de perda de funcionalidade e afastamento/aposentadoria do trabalho.
Ao fugirem do assunto por medo ou desconhecimento, as pessoas acabam negando seu adoecimento, ou não percebendo a instalação do transtorno psiquiátrico em entes próximos. Além disso, até quando esse transtorno é diagnosticado por um profissional competente, aquele muitas vezes é ridicularizado ou desacreditado com discursos do tipo: “isso não é nada …”, “você precisa ser forte …”, “doença mesmo foi quando eu …”; em última instância, ocasionando sofrimento ainda maior para os pacientes.
Daí um exemplo marcante da importância desse recurso, está em um dado fornecido pela OMS, que mostra que 9 em cada 10 casos de suicídio poderiam ser prevenidos. Portanto, além da pessoa buscar ajuda e atenção de quem está à sua volta, é necessário que ela os encontre.
No Brasil, existem cartilhas:
– Cartilha “Vamos conversar sobre bullying e ciberbullying”
– Cartilha “Vamos conversar sobre a prevenção do suicídio”
– Cartilha “Vamos conversar sobre a prevenção da automutilação”
E campanhas como o Janeiro Branco e o Setembro Amarelo que usam a PSICOEDUCAÇÃO para tentar atingir seus objetivos; respectivamente, a própria psicoeducação e a prevenção do suicídio.
Por fim, é possível encontrar livros com a temática, e que são muito úteis no manejo dos transtornos psiquiátricos; abaixo alguns exemplos:
Vejam o quanto o tema já foi abordado nos mais variados quadros. Agora, caso você ainda não tenha encontrado um material que aborde determinado estressor em particular, questione o seu terapeuta. Sempre existe a possibilidade de haver um ou mais materiais de psicoeducação disponíveis.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como Psiquiatra em Uberlândia.
Fonte:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2017000100002.
http://www.who.int/eportuguese/publications/Integracao_saude_mental_cuidados_primarios.pdf?ua=1
12 de março de 2024
12 de março de 2024
“A felicidade não está na estrada que leva a algum lugar.
A felicidade é a própria estrada.”